Chegamos na primeira campanha
eletrônica da história. O mundo virtual não é mais virtual, é real. Quem se der
conta disso vai tirar muitos dividendos, pode apostar. A legislação eleitoral
imposta na chamada minirreforma foi quem reduziu o tempo de campanha real para
45 dias e autorizou a campanha virtual de forma objetiva.
Com a mídia esquecendo o pleito
municipal, ninguém fala nisso. A prova é que nós advogados que já militamos na
área há muitos anos, temos recebido diariamente consultas sobre a possibilidade
de utilização das redes sociais para difundir candidaturas. Os próprios
especialistas em marketing parece que não estão antenados na nova realidade.
Faltando poucos meses para o pleito, poucos candidatos utilizam as redes
sociais da forma como a legislação permitiu. O máximo que temos visto é a
divulgação de visitas, reuniões e nada positivo, nada proativo, como fala a
linguagem do mundo empresarial.
Como adepto das coisas simples,
desenvolvemos um projeto bem objetivo, que tem três etapas. A apresentação a um
público selecionado pelo candidato, pessoas de sua inteira confiança, dos
pontos fracos dele. Onde ele abre o seu coração e fala daquelas picuinhas que
circularão nas redes, muitas vezes levadas até por contas falsas. Um segundo
encontro onde os amigos escolhidos trazem questões levantadas nas redes, sobre
o candidato e discutem com ele ponto a ponto. E um terceiro momento onde o
candidato fala de seus projetos e planos caso ganhe a eleição e discute as candidaturas
adversárias, apontando, com o apoio do grupo, os pontos fracos e fortes dos
concorrentes.
Essas etapas ocorrem em semanas
distintas. A primeira prepara o grupo para rebater essas acusações que virão
nas redes e muitas não seriam nunca rebatidas ou esclarecidas. A segunda o
grupo traz dúvidas colhidas nas redes e o candidato responde. A terceira o
candidato mostra o que pode fazer na cidade que pretende administrar e ainda
discute fragilidades dos adversários.
A legislação define:
Art. 36-A
- Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de voto, a menção à
pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e
os seguintes atos, que poderão ter cobertura dos meios de comunicação social,
inclusive via internet:
......................................................................................
III - a
realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material
informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e
a realização de debates entre os pré-candidatos;
......................................................................................
V - a
divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas
redes sociais;
No método, esse grupo prepara
outro grupo com o apoio direto do candidato e a multiplicação ocorre
rapidamente. E a multiplicação dos apoiadores acontece em poucos dias.
Quem está preparado para debater
suas propostas como candidato? Quem lhe conhece a ponto de poder explicitar o
seu pensamento nas redes? E os ataques de contas falsas, você está preparado
para enfrenta-los?
O crescimento das redes é algo
inegável, todos estão conectados e o assunto principal hoje em dia é política.
A população reúne um misto de revolta e interesse e taxa, todos os candidatos e
envolvidos no pleito com o carimbo da ineficiência e da incapacidade. Fora os
corruptos.
Se você prepara dois mil
internautas para defende-lo e ainda explicar os seus pontos de vistas, terá um
exército a seu favor. E não dá para esperar a coisa acontecer e depois agir.
Este é o momento, o pleito está chegando, a campanha será em prazo reduzido.
Corra atrás! Forme o seu time e deixo-o antenado para expor a verdade em seu
favor.
Lembre que tudo isso a custo
muito baixo para as campanhas, pois o treinamento é dado para militantes e
filiados aos partidos, são pessoas que participarão independente de pagamento
ou remuneração.
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